GUILHERME VERGUEIRO
Pianista Brasileiro, compositor, arranjador, produtor e documentarista.

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DISCOGRAFIA


Novos Horizontes - 2010

Gravado ao vivo no Auditório Ibirapuera, S.P.
Guilherme Vergueiro - piano, Sizão Machado - contrabaixo acústico, Alex Buck - bateria, Laudir de Oliveira - percussão, Sidmar Vieira - trumpete, Josué dos Santos - sax tenor.

1 - Soul's Journey - Guilherme Vergueiro

2 - Ilusão de Carnaval - Guilherme Vergueiro

3 - China's Dreams - Guilherme Vergueiro

4 - Another day in paradise - Guilherme Vergueiro

5 - Okê Arô - Guilherme Vergueiro. Part. Especial - Caito Marcondes, percussão.

7 - Prece - Guilherme Vergueiro

6 - Ijesa - Guilherme Vergueiro. Part. Especial - Caito Marcondes, percussão. Solista convidado - Teco Cardoso, sax barítono.

8 - Sururu (Out of the blues) - Guilherme Vergueiro. Solista convidado - Marcelo Munari, guitarra.

9 - Tributo - Guilherme Vergueiro

10 - O que é amar - Johnny Alf. Part. Especial - Zé Luiz Maziotti, vocal. Solista convidado - Raul de Souza, trombone.

11 - Quem sou eu - Johnny Alf. Part. Especial - Zé Luiz Maziotti, vocal.

12 - Rapaz de bem - Johnny Alf. Part. Especial - Zé Luiz Maziotti, vocal, Caito Marcondes, percussão. Solistas convidados - Marcelo Munari, Teco Cardoso, Raul de Souza. 13 - Meu fraco é mulher - Mathias da Cruz/Heitor Consentino de Castro e Silva. Vocal - Guilherme Vergueiro.


Intemporal/Timeless Vol III - 2009

1 - Corcovado - Antonio Carlos Jobim / Vinícius de Moraes Guilherme Vergueiro - piano, Ricardo Santos - contrabaixo, Edison Machado - bateria. Gravado em 1971 para programa da rádio Eldorado de São Paulo

2 - Quando me sinto sozinho - Guilherme Vergueiro Guilherme Vergueiro - piano, Walter Booker - contrabaixo, Edison Machado - bateria, Lea Freire - Flauta, Claudio Celso - violão, José Neto - guitarra. Gravado em Boston em 1978

3 - A very good reason - Mozar Terra Vieira Guilherme Vergueiro - piano, Ricardo do Canto - contrabaixo, Robertinho Silva - bateria, Laudir de Oliveira - percussão, Raul de Souza - trombone, Claudio Guimarães - violão. Gravado ao vivo no Teatro Ipanema, Rio de Janeiro em 1989

4 - A Hora do Povo - Guilherme Vergueiro / Teco Cardoso Guilherme Vergueiro - piano, José Marino (Zelão) - contrabaixo, Claudio Slon - bateria, Teco Cardoso - sax soprano. Gravado em Los Angeles em 1991

5 - Simplesmente - Guilherme Vergueiro Guilherme Vergueiro - piano, Ricardo do Canto - contrabaixo, Pablo Silva - bateria. Gravado em Los Angeles em 1998

6 - Na Baixa do Sapateiro - Ary Barroso Guilherme Vergueiro - piano, Octavio Bailly Jr. - contrabaixo, Marcel Camargo - violão. Gravado em Los Angeles em 2000 para o programa Cafe L.A.da rádio KCRW, apresentado por Tom Schnabell.

7 - Homenagem a velha guarda - Sivuca Guilherme Vergueiro - piano, Rafael Rabello - violão de 7 cordas. Gravado em Los Angeles em 1994 para o programa Cafe L.A.da rádio KCRW, apresentado por Tom Schnabell.

8 - Tenha pena de mim - Babahú da Mangueira / Ciro de Souza Guilherme Vergueiro - piano Gravado no Rio de Janeiro em 2003

9 - Conselho - Guilherme Vergueiro Guilherme Vergueiro - piano, Teco Cardoso - sax soprano Gravado ao vivo em Los Angeles em 1992

10 - Acontece - Cartola Guilherme Vergueiro - piano Gravado ao Vivo no Teatro Ipanema, Rio de Janeiro em 1989.

11 - Desvairada - Garoto Guilherme Vergueiro - piano. Gravado para programa da Rádio MEC, Rio de Janeiro em 2006

12 - Um sorriso e uma dor - Guilherme Vergueiro Guilherme Vergueiro - piano Gravado ao vivo em concerto no MIS, São Paulo em 1984

13 - Sem companhia - Ivor Lanceloti / Paulo Cesar Pinheiro Guilherme Vergueiro - piano, Teco Cardoso - sax barítono. Gravado em São Paulo em 1987

Bonus track 14 - Beija me - Roberto Martins / Mario Rossi Guilherme Vergueiro - piano, Walter Booker - contrabaixo, Edison Machado - bateria, Lea Freire - Flauta, Claudio Celso - violão, José Neto - guitarra. Gravado em Boston em 1978
Intemporal/Timeless Vol II - 2009


O Escurinho - Geraldo Pereira Guilherme Vergueiro - piano, Teco Cardoso - sax soprano. Los Angeles 1992

Viajando - Guilherme Vergueiro Guilherme Vergueiro - piano, Antonio Sant`anna - contrabaixo elétrico, Andrea Marcelli - bateria, Nailton "Meia Noite" dos Santos - percussão, Jeff Kaye - trumpete - Teco Cardoso - sax soprano. Los Angeles - 1992

Choro - Guilherme Vergueiro Guilherme Vergueiro - piano, Antonio Sant`anna - contrabaixo elétrico, Andrea Marcelli - bateria, Nailton "Meia Noite" dos Santos - percussão, Jeff Kaye - trumpete - Teco Cardoso - sax soprano. Los Angeles - 1992

A Alegria voltou - Guilherme Vergueiro Guilherme Vergueiro - piano, Antonio Sant`anna - contrabaixo elétrico, Joe Heredia - bateroa. Nailton "Meia Noite" dos Santos - percussão. Los Angeles - 1991

A hora é essa - Guilherme Vergueiro Guilherme Vergueiro - piano Yamaha CP 80, Ricardo do Canto - contrabaixo acústico, Sisão Machado - contrabaixo elétrico, Claudio Guimarães - guitarra elétrica, Duda Neves - bateria, Marcos André "Doutor" Seraphini - bateria, Laudir de Oliveira - percussão, José Luiz Signeri - sax soprano, Teco Cardoso - Sax. Parque da Catacumba, Rio de Janeiro - 1988

Choro bop - Guilherme Vergueiro - piano Yamaha CP 80, Cisão Machado - contrabaixo elétrico, Claudio Guimarães - guitarra elétrica, Duda Neves - bateria, Teco Cardoso - Sax Barítono. Parque da Catacumba, Rio de Janeiro - 1988

Arrôcho na boca - Ion Muniz Guilherme Vergueiro - piano Yamaha CP 80, Ricardo do Canto - contrabaixo acústico, Sisão Machado - contrabaixo elétrico, Claudio Guimarães - guitarra elétrica, Duda Neves - bateria, Marcos André "Doutor" Seraphini - bateria, Laudir de Oliveira - percussão, José Luiz Signeri, Teco Cardoso, Mauro Senise, Ion Muniz - flautas. Parque da Catacumba, Rio de Janeiro - 1988

Frevo - Hermeto Pascoal Guilherme Vergueiro - piano Yamaha CP 80, Sisão Machado - contrabaixo elétrico, Claudio Guimarães - guitarra elétrica, Duda Neves - bateria, Teco Cardoso - Sax Barítono. Parque da Catacumba, Rio de Janeiro - 1988

Nanã - Moacir Santos Guilherme Vergueiro - piano, Ricardo do Canto - contrabaixo acústico, Claudio Guimarães - violão acústico, Robertinho Silva - bateria, Laudir de Oliveira - percussão. Raul de Souza - trombone. Teatro Ipanema - Rio de Janeiro - 1989

Valsa de uma cidade - Ismael Filho, Antonio Maria Guilherme Vergueiro - piano, Ricardo do Canto - contrabaixo acústico, Claudio Guimarães - violão acústico, Robertinho Silva - bateria, Laudir de Oliveira - percussão, Raul de Souza - trombone. Teatro Ipanema - Rio de Janeiro - 1989

André de sapato novo - André Filho Guilherme Vergueiro - piano, Ricardo do Canto - contrabaixo acústico, Claudio Guimarães - violão acústico, Robertinho Silva - bateria, Laudir de Oliveira - percussão, Raul de Souza - Souzabone. Teatro Ipanema - Rio de Janeiro - 1989

Cadê a Ana - Guilherme Vergueiro Guilherme Vergueiro - piano MIS - São Paulo - 1986

Sou só - Guilherme Vergueiro Guilherme Vergueiro - piano MIS - São Paulo, 1986


Intemporal/Timeless Vol I - 2009


1 – O morro não tem vez – Antonio Carlos Jobim/Vinícius de Moraes Gravada em 1971 para programa da Rádio Eldorado no S.P. Guilherme Vergueiro – piano, Ricardo Santos – contrabaixo acústico, Edison Machado – Bateria.

2 – Sofrer – Paulinho da Viola Gravada em 1978 em Boston. Guilherme Vergueiro – piano, vocal, Walter Booker – contrabaixo acústico, Edison Machado – bateria.

3 – O que é amar – Johnny Alf Gravada em 1978 em Boston. Guilherme Vergueiro – piano, vocal Walter Booker – contrabaixo acústico, José Neto– violao, Edison Machado – bateria.

4 – Kadi e Nicolau – Guilherme Vergueiro Gravado em 1987 em S.P. Guilherme Vergueiro – piano, Teco Cardoso – Sax alto

5 – Treze – Guilherme Vergueiro Gravado em 1992 em Los Angeles. Guilherme Vergueiro – piano, José Marino – contrabaixo elétrico, Claudio Slon – bateria, Teco Cardoso – sax soprano.

6 – Eu amo o Rio de Janeiro – Guilherme Vergueiro/Paulinho Lima Gravado em 1993 em Los Angeles. Solista de trumpete – Ron King Solo de Trombone – Bill Reichenback Guilherme Vergueiro`s Brazilian Big Band.

7 – Abertura – Guilherme Vergueiro Gravado em 1993 em Los Angeles. Guilherme Vergueiro`s Brazilian Big Band

8 – Samba do Brilho – Guilherme Vergueiro Gravado em 1993 em Los Angeles. Solista de sax barítono – Jack Nimitz Guilherme Vergueiro`s Brazilian Big Band.

9 – Lamentos do morro – Garoto Gravado em 1994 em Los Angeles para o programa L.A. Café da rádio KCRW/L.A. Apresentação - Tom Schnabel. Guilherme Vergueiro – piano, Rafael Rabello – violão de 7 cordas.

10 – Rindo a toa – Guilherme Vergueiro Gravado em 1998 em Los Angeles Guilherme Vergueiro – piano, Ricardo do Canto – contrabaixo acústico, Pablo Lima – bateria.

11 – This time the dream is on me – Rodgers and Hart Gravado em 1998 em Los Angeles. Guilherme Vergueiro – piano, Ricardo do Canto – contrabaixo acústico, Pablo Lima – bateria. Convidada especial – Gretchen Parlato – vocal

12 – I remembered you – Guilherme Vergueiro Gravado em 1998 em Los Angeles. Guilherme Vergueiro – piano, Ricardo do Canto – contrabaixo acústico, Pablo Lima – bateria. Convidada especial – Gretchen Parlato – vocal

13 – Minha Ana – Guilherme Vergueiro Gravado em 2003 no Rio de Janeiro. Guilherme Vergueiro – piano.

14 – Braziliana – Baden Powell Gravado em 2006 no Rio de Janeiro para o programa CD&CIA da Rádio MEC AM/RJ. Apresentação - Eduardo Fajardo – Dir. Artística – Thais Fraga. Guilherme Vergueiro - piano

Bonus tracks

15 – Se acaso você chegasse – Lupiscínio Rodrigues Gravado em 1998 em Los Angeles Guilherme Vergueiro – piano, Ricardo do Canto – contrabaixo acústico, Pablo Lima – bateria.

16 – Inútil Paisagem – Antonio Carlos Jobim/Vinícius de Moraes. Gravado en 1998 em Los Angeles. Guilherme Vergueiro – piano, Gretchen Parlato – vocal

17 – Carinhoso – Pixinguinha /João de Barro Gravado em 1978 em Boston. Guilherme Vergueiro – piano/vocal, Walter Booker – contrabaixo acústico, Edison Machado – bateria.

Todos os arranjos de Guilherme Vergueiro com exceção de Lamentos do Morro, arranjo de Rafael Rabello.


Parceria - 2008


35 anos de Petros - 2006


Tanta Luz - 2003


Espiritu - 1999


Amazon Moon - 1998


Molambo - 1997

Essas foram gravações que me deram imenso prazer em fazê-las. Tinha acabado de montar uma pequena empresa, um selo musical, com esperança também em ser produtora, vender shows, etc.. e precisava de um primeiro lançamento. Como a muito tempo não gravava um disco solo, resolvi que esse seria o primeiro lançamento do selo. Mas estava sem paciência nenhuma para alugar estúdio, ter hora certa para gravar, e ter que ir ao estúdio em hora pré determinada e dar conta do recado. Eu nem sabia no momento que músicas queria gravar. Conversando com meu amigo super-técnico de som Alex Casanegras, ele me aconselhou que nesse caso, eu deveria primeiramente escolher em qual piano eu gostaria de gravar e então ele montaria os equipamentos no local para eu ficar bem a vontade. Mas escolher o piano era a prioridade. Pensei bem no que ele havia me disse e decidi que o piano que eu queria gravar era o meu mesmo. Nessa época eu tinha um Kawai grande, o qual só eu tinha tocado. Conhecia bem o piano e ele (o piano) era muito generoso comigo. Gostava de mim. Conversei com meu grande amigo Antonio Carlos Vidigal sobre o projeto e ele topou ser o produtor executivo, "bancanco" os custos de aluguel de equipamentos, eu parado em casa, a prensagem dos CDs, masterização, etc..Com isso garantido, liguei para o Alex com minha decisão tomada, ele foi a minha casa, alugou os equipamentos necessários, "armou o circo" e foi embora. Me ensinou como ligar quando eu quizesse gravar e desligar quando não quizesse. Meu filho ia para S.Francisco visitar amigos e eu fiquei sozinho em casa, com o piano e os equipamentos. Então devagarinho comecei a ir tocando uma música aqui, outra ali, e gravando. Sem hora certa. Tinha dias que gravava bem de madrugada, outros de manhã cedinho, a tarde, enfim, saí fora do tempo... não saia dde casa e de vez em quando me sentava ao piano e ficava dedilhando músicas variadas até achar uma que eu gostasse e que achasse um jeito legal de interpreta-la. E assim foi indo. Ao longo de uns 10 dias enjoei de tudo e o disco estava pronto. Já tinha o suficiente gravado e não aguentava mais nem o piano, nem o equipamento, nem ficar em casa, enfim estava esgotado. O resultado me agradou muito, e o público foi bem receptivo. São canções brasileiras bem conhecidas, românticas e 3 composições minhas. Lancei nos Estados Unidos pelo meu selo Mangotree Records, e aqui no Brasil pela Luz da Cidade produções artísticas. Quem quizer, pode adquiri-lo visitando minha página de produtos e serviços, ainda em construção, mas que já tem este CD a disposição para compra.


Love Carnival and Dreams - 1994

Em 93, vivendo em Los Angeles, com saudade do Brasil e sem dinheiro para vir aqui passear, entrei em contato com uns amigos e consegui 3 apresentações em S.P. no Centro Cultural Vergueiro. Em consequencia disso arranjei também uma temporada no Rio de Janeiro além de um concerto ao vivo ao ar livre na Praia do Arpoador. Então resolvi que deveria fazer essas apresentações no formato trio, pois a muito tempo que não ouvia um trio novo, achava que tinha que manter essa tradição viva, homenageando assim o Tamba Trio, o Bossa 3, o Sambalanço Trio, o Zimbo Trio e tantos outros. Conversei com meu amigo Wayne Shorter e ele me apresentou ao Ron Carter, que topou a parada. Falei com o Robertinho que também topou de imediato. Fui a Nova Yorque, mostrei as partituras ao Ron, fizemos um pequeno ensaio e partimos para o Rio, onde fizemos um ensaio do trio e a passagem de som e começamos a temporada. O negócio foi ficando bom, então achei que não poderia para variar deixar passar em branco, e conversei com meu editor em Los Angeles e ele bancou a gravação em S.P.. Foram somente 2 sessões nas manhãs dos concertos que tínhamos a noite. O selo Eldorado topou lançar o CD aqui no Brasil. Este CD teve péssima divulgação, o selo fechou e venderam quase todo o lote para atacadistas e ficou muito difícil de encontra-lo, virando assim um tipo de raridade. Eu mesmo uma vez comprei uma cópia na Holanda e paguei 45 dolares. Em alguns sebos pelo Brasil encontra-se a preços irrisórios ou caríssimos, depende. Enfim, pretendo em breve fazer uma nova tiragem e colocar a disposição do público novamente. Aqui vai uma amostra do som do trio, no samba de minha autoria Só dá Mangueira. Espero que gostem.



Ao Vivo em Copenhage - 1982

Por volta de 1978, meu amigo baterista Chuim (Luiz Carlos de Siqueira) apareceu em N.Y. e foi me visitar. Na ocasião, se não me engano gravamos alguma coisa no estúdio do Walter Booker. Conversamos muito e ele contou que estava morando em Copenhage, Dinamarca e que tinha muitos contatos e que estava muito bem por lá. E voltou algumas semanas depois para lá. Eu por minha vez retornei ao Brasil em 1980. Um dia o Chuim me ligou, ou escreveu uma carta, não me lembro bem, perguntando se eu não queria passar uma temporada por lá, montaríamos um quarteto com músicos excepcionais de lá, faríamos uma pequena tourne, e para viabilizar isso tudo eu teria que ministrar aulas e palestras sobre música brasileira em um curso muito afamado por lá de verão patrocinado pelo governo de lá. Lá fui eu. Conheci o Mads Vinding e o Nicolai Groomin (russo) e formamos o quarteto. Fizemos uma apresentação de grande sucesso e parti para o tal curso. Quando voltei do curso para Copenhagen, o Chuim e o Mads haviam articulado uma série de concertos (uns 20) por diversas cidades da Dinamarca, culminando com duas apresentações no Montmartre, o night club mais importante da cidade na época. Então decidi que essas apresentações deveriam ser gravadas. Montamos o "circo" e tocamos a primeira noite. Não valeu nada, só como experiência, pois tivemos que trocar os microfones e fazer uma série de outras modificações para que o som saísse bom. Saindo dessa primeira noite, peguei uma carona para casa com o Nicolai. No meio do caminho o Nicolai fez alguma besteira no transito e fomos parados pela polícia. Os "meganhas" pegaram meu passaporte, entraram para dentro do carro e quando sairam me deram ordem de prisão. Disseram que faltava um carimbo no meu passaporte e que eu deveria ser deportado. Fiquei indignado, xinguei eles, etc. e tal, disse que era contratado do governo, que tinha concerto no dia seguinte, que estava gravando um L.P. mas de nada adiantou. Fui para atras das grades mesmo. O interessante, é que na Dinamarca na prisão, de manhã, o guarda pergunta se você prefere seus ovos mexidos ou estalados, pão branco ou integral, chá ou café, enfim serviço "a la carte". O Mads se mexeu e depois de um monte de trâmites legais o Ministro da Cultura da Dinamarca mandou me soltar e ainda deu uma bronca na polícia por terem me prendido. Isso já eram umas 4 ou 5 da tarde, então fui direto para um hotel, que ficava localizado bem em cima do night club, onde no primeiro andar o estúdio estava montado, entrei na banheira de água bem quente e fiquei alí atá a hora de começar o primeiro set da noite, por volta das 19:30. Eram 3 sets. (Lá tudo começa cedo e tem que terminar por volta da meia noite, pois os ônibus param e todo mundo vai embora.). Enfim, a gravação saiu muito boa e conseguimos ter o master nas mãos no fim da noite. Voltando ao Brasil, conversei com o João Lara, então diretor do selo Eldorado e ele topou lançar o L.P. (o qual eu devo re-lançar em breve) e ainda pagou pelos gastos que tive com o estúdio em Copenhage, o dinheiro dos músicos e ainda um pouquinho para mim. Grande "cara" o João Lara. Parceirão. Segue abaixo uma das faixas desse L.P., a que fez mais sucesso no meio musical e junto a crítica especializada. o "Choro Bop", de minha autoria. Espero que gostem.



Só por amor - 1981

Este L.P. foi muito especial para mim. Primeiramente porque fazia muito tempo que eu não tocava sozinho, pois fiquei anos em N.Y. tocando com grupos, e depois porque comecei a pensar que um pianista de verdade, tinha que ter um album solo. Coloquei o nomve de "Só por amor" porque sabia que a companhia "Independente Distribuitora Musical" estava para fechar, e as distribuidoras estavam boicotando os lançamentos independentes. Ficavam com os estoques e não ofereciam para as lojas para protejerem seus artistas contratados e não darem exposição para os novos, ou indepententes. Eu sabia que o L.P. não iria ter uma boa vendagem,, mas achava necessário gravá-lo para ir construindo meu catálogo e ter um disco solo. (Hoje em dia, pode-se encontrar este L.P. em vários ss'sebos" do país, ou então caríssimos em sites internacionais da Internet. A gravação foi emocionante. Somente uma sessão. Comprei na época umas 10 gramas de cocaína (pura, naquela época ainda existia cocaína pura), convidei uma amiga, que eu estava muito interessado, e fomos os dois para o estúdio. Gravava cada música um monte de vezes pois sempre achava defeito. Ou no andamento, ou na interpretação, sempre achava algum defeito e gravava novamente até achar que estava boa para ser lançada. Entre uma música e outra, a moça me dava uma massagem (uma das melhores massagistas que conheci, ela era bailarina), dava uma "cafungada" e partia para outra música. E assim fomos indo, das 21hs até umas 2hs da manhã. Terminamos a sessão, sobraram ainda pelo menos umas 5 gramas de cocaína e ela me levou para a casa dela, me deu uma "massagem fatal", subiu para o quarto dela e eu fiquei desmaiado na sala, feliz da vida. Cada faixa do L.P. é dedicado a uma mulher. Mas isso, só eu ser quem é quem. Só posso dizer que a da moça que me acompanhou nesta jornada, (Gigi era o nome dela), é o "Coração Solitário", pois eu achava que ela muito linda, carinhosa e gente boa, mas o coração dela era solitário. Eu espero que hoje em dia ela seja uma pessoa totalmente realizada, e feliz. Tem um pedacinho do meu coração que é dela, e sempre será. Em breve, deverei estar re-lançando este L.P.. Por enquanto, deixo vocês com duas faixas, as duas de minha autoria. A "Memórias", um samba rasgado, e o tal do "Coração Solitário", da Gigi. Um tipo de um prelúdio, ou sei lá o que. Espero que gostem.


                         
Naturalmente - 1978/80

Em 1978, morando em Nova Yorque e trabalhando no night club "Cachaça" com meu trio (Claudio Guimarães ao contrabaixo elétrico e Duduca Fonseca bateria e a crooner Clarice Taylor, (apresentávamos já naquela época também um pequeno show de capoeira no meio das apresentações, com o Jelon e o Loremil, fazíamos 3 shows de uma hora por noite, 6 noites por semana) achei que deveria começar a dar um rumo diferente em minha carreira, gravar um disco com composições e arranjos meus, pois artista que se preza tem que ter disco. Com a ajuda de dois amigos, James Mason (guitarrista) e Phil Clandermin (pianista e engenheiro de som) que tomavam conta do antigo estúdio da Audio Fidellity na Blecker St. e que tinham um conjunto que me (totalmente funk) e que me chamaram para fazer solos (e alguns acompanhamentos) no disco do James Mason (o único gravado por eles, depois sumiram completamente, ninguém nunca mais soube deles e o disco deles hoje é considerado "super cult")consegui em troca da minha participação no disco deles, ensaios, etc... horário para gravar o meu disco no estúdio. Aí começou a "aventura". Escrevi 4 músicas e arranjos, incluí no conjunto a Léa Freire (flauta), o Paulo Guimarães (flauta) o Naná Vasconcelos (percussão) e o José Neto (guitarra) e gravamos as 4 faixas. Foi então que parou tudo. Os gringos dispersaram, sairam do estúdio, sumiram. Fiquei com aquelas 4 faixas gravadas guardadas em casa. Quando retornei ao Brasil, em 1980 resolvi acabar o disco, e chamei o Sisão Machado (baixo elétrico), o Amado Maita (bateria) A Léa Freire (que tocou as duas flautas), o Marcelo Munari (guitarra) e a vocalista Silvia Maria. Gravamos 3 faixas e completamos o disco. E gravadora? Nenhuma queria, pois achavam anti-comercial. Então descobri a Independente Distribuidora Musical, que o Cesare Benvenutti tinha montado justamente para distribuir discos "anti-comerciais" e independentes. Era o nascimento do disco Independente no Brasil. Lá estavam (entre outros artistas) o Antonio Adolfo e o Boca Livre (o primeiro independente a "estourar"). Tive uma excelente aceitação da crítica e fizemos memoráveis shows no Teatro da PUC em S.P., no Teatro Maria Bethânia em Salvador e no Teatro Ipanema no Rio de Janeiro. Vendi mais de 1.500 cópias dos discos nesses shows, e para amigos, e deu para pagar a prensagem dos L.P.s e ainda "sobrar algum" para nós. Depois com o fechamento da Independente Distribuidora (as "grandes" a destruiram de maneiras sutis), o disco nunca mais foi re-editado, e somente em 2001 um pessoal inglês da gravadora Whatmusic, me consideraram "cult", e lançaram como primeiro disco da gravadora deles o Naturalmente, em Vinyl e CD, para o público europeu, americano e japonês. Ganhei até um "qualquer" com isso e fico feliz do meu primeiro disco ainda estar "vivo" e tocando por aí, pelo mundo afora. Agora estou procurando recursos para fazer uma nova tiragem em CD para colocar a disposição para venda via Internet para os interessados. A propósito, a Whatmusic (gravadora inglesa) fechou. Segue abaixo, duas faixas desse disco, "A sangue quente (Inner fire tap) gravada em Nova Yorque e "O canto dos Elefantes",gravada em São Paulo. Espero que gostem.


                         
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